A castração de gato é um tema de bastante interesse para cuidadores de bichanos. Além de um ato de amor ao amiguinho, trata-se, também, de um ato de benefício social.
Isso porque cada gato castrado devidamente colabora com a redução do abandono. Menos ninhadas são abandonadas nas ruas. Com isso, reduzimos o sofrimento daqueles animais.
Porém há que sempre se lembrar: a castração de gato é um procedimento cirúrgico, que exige cuidados e medicamentos.
Por isso, antes mesmo de seguir neste artigo, recomendo que leia isto: uma matéria completa e cheia de informações sobre as vantagens e desvantagens da castração de pets.
Ela te ajudará, na hora da decisão. Assim, com a ajuda de seu veterinário de confiança, você optará pela melhor alternativa para seu gatinho.
Agora que você já está por dentro do assunto, sigamos. Conversaremos, hoje, sobre o procedimento de castração de gato e suas particularidades.
Ainda, entrará em nossa conversa a necessidade ou não de internação e os cuidados. Afinal, o pós-operatório é definitivo, quanto à saúde de seu gato após a castração.
Será um prazer debater estes pontos contigo. Por isso, acompanhe-nos até o fim. Combinado?
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O que é a castração de gato
A castração de gato é um procedimento definitivo de contracepção. Mesmo sendo invasivo, é bem menos prejudicial para a saúde dos pets que a pílula anticoncepcional.
Ocorre que a pílula, administrada às fêmeas antes do cio, é repleta de química. Com isso, o organismo é atacado, prejudicando outros sistemas. Há, inclusive, alto risco de câncer.
Pela castração, os animais ficam libertos do risco de reprodução indesejada. Ainda, sofrem alterações benéficas de comportamento, que garantem sua longevidade.
Obviamente, a castração de gato só pode ser realizado por um especialista em uma clínica. O sucesso do procedimento depende de medidas sanitárias e domínio das técnicas.
Por que castrar gatos machos
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De fato, castrar gatas é bastante mais simples. Afinal, mil machos podem engravidar uma fêmea fértil. Ela estando esterilizada, o risco acaba plenamente.
No entanto há que se pensar que nem todas as fêmeas estarão castradas. Assim, com um único macho fértil e várias fêmeas, o descontrole acontece outra vez.
Desse modo, castrar tanto machos quanto fêmeas garante a funcionalidade do controle. Desse modo, só procriarão os animais que se deseja que o façam.
Ainda, no caso do gato macho, a castração de gato ajuda em outras questões: territorialismo e fugas.
Gatos machos e férteis tenderão a manter domínio sobre a casa. Sua urina será repleta de feromônios e hormônios de marcação. Com isso, terá odor fortíssimo.
Outro ponto diz respeito à permanência em casa. Sem a urgência de procriar, o gato sai menos. Assim, sofre menos risco de sequestro, atropelamentos e acidentes.
Como é feita a castração de gato
A castração de gato é um procedimento cirúrgico simples e rápido. Mesmo nas fêmeas, que demandam maiores ações, não leva mais que meia hora.
A partir daqui, exploremos todas as etapas da castração de gato. E lembre-se: a preparação para a cirurgia começa ainda em casa.
O pré-operatório
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Para que a castração de gato seja um sucesso, é preciso que tudo seja preparado antes. E a primeira etapa diz respeito à verificação de saúde do animal.
É determinante certificar-se de que o gatinho está saudável antes de qualquer coisa. Por isso, leva-lo ao veterinário para exames é de suma importância.
Tudo constatado, é hora de negociar os termos com o veterinário. Ele (ou ela) saberá exatamente qual melhor procedimento e que preparos realizar.
De modo geral, constatada a saúde do gato, marca-se a cirurgia. Na véspera, o animal deve ser privado de água e comida por doze horas. Parece judiação, mas a cirurgia depende disso, tudo bem?
O objetivo é garantir que bexiga e intestinos estarão vazios, no procedimento. Assim, diminui-se o risco de infecções e lacerações de órgãos.
Na hora da cirurgia
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Como antedito, a castração de gato é bem rápida. O animal será sedado e encaminhado para o centro cirúrgico.
A sedação é subcutânea. Quanto menor o gatinho, mais rápida sua ação. Poucos minutos separam a injeção da inércia do animal.
Neste momento, é extremamente importante manejá-lo com carinho e cuidado. Segure-o com firmeza, pois todas suas funções motoras estão inabilitadas.
No centro cirúrgico, os pelos da região do corte serão raspados. Nas fêmeas, raspasse a barriguinha. Nos machos, o saco escrotal.
Tudo preparado, o especialista inicia a operação. Há a ovariohisterectomia e a ovariectomia, nas fêmeas. A decisão ficará a cargo do profissional competente, tudo bem?
No caso dos machos, pode-se remover os testículos e manter o saco escrotal; ou, também, remover-se todo o sistema, fazendo a sutura.
Diferença entre castração de gato e esterilização simples
Em algumas situações, o cirurgião veterinário pode optar pela esterilização simples. Nestes casos, não há remoção de órgãos produtores de hormônios.
É feita, então, a interrupção dos fluxos reprodutores. Na fêmea, interrompe-se as trompas — como na laqueadura feminina. No macho, os canais deferentes — como na vasectomia.
Todavia estes procedimentos não diminuem a libido ou comportamento reprodutivo. Há apenas o impedimento da procriação de fato. Mas o comportamento continua igual.
A desvantagem da esterilização em fêmeas é a permanência do cio. E convenhamos: nada agride tanto uma gatinha quanto repetidos cios sem cruza, verdade?
Justamente por isso, opta-se, normalmente, pela retirada plena dos órgãos. Sem os hormônios da reprodução, o comportamento reprodutivo também deixa de existir.
A parte mais crítica da castração de gato: o pós-operatório
Mais que na mesa cirúrgica, é o pós-operatório quem definirá o sucesso do procedimento. Toda atenção do tutor deve ser aplicada nesta etapa, que durará algumas semanas.
Internações clínicas, nas que o animal deve permanecer longe de casa, são raríssimas. Em animais saudáveis, é possível dizer serem praticamente inexistentes.
Porém a internação doméstica faz-se obrigatória. E o que ela é? Ora, é a restrição de movimentação do animal. Sem passeios, sem escalas e, principalmente, sem corridas.
Nos machos, a castração de gato é bem pouco invasiva. Basta mantê-los em casa até que os pontos cicatrizem. Leva poucos dias.
Ainda, é importante evitar fugas para que a medicação seja administrada corretamente. Tanto analgésicos quanto antibióticos e anti-inflamatórios são necessários.
Quanto às gatas, a sutura é mais problemática. Elas devem permanecer o mais imóveis possível por, no mínimo, uma semana inteira.
O risco, no caso delas, é a evisceração, que culmina em óbito. Por isso, todo o cuidado é pouco.
Informe-se com o veterinário sobre o remédio para gatos mais indicado. Administre-o em doses e horários exatos, para que tudo termine bem.
Fêmeas podem e devem utilizar roupinha cirúrgica. Assim, evitamos que lambam os pontos, podendo arrancá-los.
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A sedação prolongada
Como falamos na matéria de vantagens e desvantagens, a sedação prolongada pode ser complicada. Nela, o animal permanece por várias horas em estado inerte.
Além de assustador, alguns cuidados devem ser aplicados. E a atenção deve ser concentrada por todo o período, até o retorno da normalidade.
Quanto menor o animal, mais prolonga-se a sedação. É possível que perdure por, até, um dia. Neste período, vômitos devem ser limpos. Evite, também, sufocamento.
Há um risco implícito complicado, na sedação prolongada: ressecamento das córneas. Como o animal não consegue piscar, seus olhos devem ser hidratados com frequência.
Caso contrário, perda total e permanente da visão pode ocorrer. Por isso, atenção.
E, sim: eu sei que parece tudo muito complicado. Mas basta você se programar direitinho e cuidar de tudo. Lembre-se: é pela saúde e bem estar de seu bichinho amado.
Assim, consulte seu veterinário e esteja por dentro de tudo. Recorra à castração de gato com consciência e firmeza de decisão. Tenho certeza: você não irá se arrepender.
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